Autor do livro, 'Viver Pode Não Ser Tão Ruim' dá sua opinião do que poderia ser feito para a melhoria do país e fala sobre o motivo da cultura da ostentação
Para o filósofo e poeta Fabiano de Abreu, no Brasil, a ostentação tornou-se cultural, onde as pessoas querem mostrar o que tem, como meio de justificar a ausência do que queria ter em uma sociedade desenvolvida.
"Em uma sociedade subdesenvolvida, de nada vale sua riqueza se vives em meio a pobreza, tão pobre és aos olhos de uma sociedade desenvolvida."
O autor da frase justifica que a ideia é que sirva como incentivo para que todos possam unir forças e fazer sua parte para que o Brasil possa amenizar a atual situação:
"Essa frase que utilizei como "frase do dia" é uma maneira de chamar a atenção para que todos, juntos, possam lutar para que tenhamos uma sociedade mais desenvolvida. Pois estamos vivendo um caos no país, na economia, segurança e política, assim como uma crise cultural, sentimental e social. Colocando todos em diversos riscos."
Para Fabiano a música além de um reflexo é um incentivo:
"Na música isso está retratado, a moda é ostentação, o funk chegou a receber um nome no mercado da música, 'funk ostentação', e é quase que obrigatório para a audiência fazer clipes em que os cantores esbanjam suas riquezas. Isso não deixa de ser um incentivo cultural obrigando a uma necessidade de aceitação. A música diz e incentiva muito na cultura local."
Quando falamos em problemas vem a pergunta, qual seria a solução? Para Fabiano, o primordial é a educação, confira!
"É tanto o que teria que mudar, começando na educação, pois ela atua nos responsáveis pelo futuro e forma, pessoas e caracteres, mas vai além do professor, precisa de psicólogos para orientar a família dos que precisam de uma melhor orientação. A escola não educa sozinha. A meu ver, a filosofia também tem psicologia e ensinamentos de vida, mas mal se ouve falar em filosofia, seria interessante adotá-las mais nas escolas.
A mudança ela parte de diversos lados, são inúmeros os problemas a serem resolvidos, segurança, excesso de impostos, educação, saúde, conscientização, entre muitas outras coisas que tem que ser mudadas parte a parte, setor a setor.
Vou finalizar falando em união, está a faltar também, cada um defende sua causa e ao invés de unir-se para um bem comum, mudar a atual situação, continuam as guerras de interesses pessoais." Finaliza o filósofo.
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