Teste genético que ajuda mulheres a descobrir predisposição ao câncer é coberto pelos planos de saúde - Keep N´ Pop

domingo, 25 de novembro de 2018

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Teste genético que ajuda mulheres a descobrir predisposição ao câncer é coberto pelos planos de saúde

Exame investiga se há mutações nos genes BRCA, permitindo prevenir o surgimento de tumores de mama e ovários

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Uma das doenças que mais preocupam as mulheres é o câncer. E essa preocupação não é à toa, visto que no mundo, uma em cada seis mulheres terá câncer em algum momento da vida, de acordo com o relatório mais recente da Agência Nacional de Pesquisa Contra o Câncer, vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

A boa notícia é que com os avanços da medicina e da tecnologia, ter câncer não mais significa assinar uma ‘sentença de morte’. E atualmente, as mulheres não só podem descobrir tumores malignos em estágios iniciais, por meio de exames periódicos, como até mesmo prevenir o surgimento de alguns tipos de câncer.

Entre os tipos de câncer mais comuns nas mulheres estão o de mama e o de ovários. Fatores como estilo de vida e idade avançada pesam na incidência da doença. Estima-se que 75 a 80 % dos casos de câncer de mama originem-se em mulheres sem fator de risco genético para a doença. Mas para aquelas que já têm predisposição ao câncer por fator genético da mãe ou do pai – o que corresponde a 5% até 15% dos casos – é possível prevenir o aparecimento de tumores malignos fazendo um teste genético simples.

O exame, feito por meio de coleta de sangue ou saliva, identifica mutações nos genes BRCA. Laboratórios particulares no Brasil já fazem o teste, que custa entre R$ 1.500,00 e R$ 2.000,00. É coberto pelos planos de saúde mas ainda não está disponível no SUS.

As portadoras de mutação BRCA1 apresentam risco cumulativo de desenvolvimento de neoplasia de mama, de cerca de 72 %; e de 44% para neoplasia de ovário; além de 40% para câncer de mama contralateral.  Já as pacientes com mutação BRCA2 apresentam  risco cumulativo de cerca de 69% para câncer de mama; e  de 17 % para câncer de ovário e câncer de mama contralateral. As mulheres com mutações nesses dois genes possuem 40% mais chances de vir a ter câncer no futuro”, afirma a ginecologista e mastologista Juliana Pierobon, da Altacasa Clínica Médica, na capital paulista. 

De acordo com a especialista, os genes BRCA 1 e 2 impedem a proliferação de células tumorais, agindo como freios. Quando um desses genes sofre mutação, perde esta capacidade protetora, deixando o organismo mais suscetível ao surgimento de tumores malignos, especialmente os de mama e ovários. 

“É importante salientar que ter uma alteração nos genes BRCA não representa um diagnóstico final da doença, mas sim uma séria indicação de risco, de acordo com a análise hereditária. Esse estudo genético normalmente é indicado para mulheres que já têm casos de câncer na família. Sabendo dessa predisposição, o quanto antes for identificada a mutação BRCA, maiores serão as chances de redução dos riscos”, explica a ginecologista da clínica Altacasa.

A Dra. Juliana Pierobon alerta ainda que, em caso positivo de mutação dos genes, somente um profissional especializado pode dar as orientações necessárias e definir, junto com a paciente, qual a melhor estratégia para prevenção e tratamento - como a cirurgia para retirada dos seios ou ovários - levando em conta fatores de risco e o estilo de vida da mulher. 

Nesses casos, uma das estratégias usadas na prevenção ao câncer é a cirurgia profilática, que passou a ser mais conhecida depois que a atriz Angelina Jolie se submeteu ao procedimento de retirada total dos ovários e das mamas devido à mutação BRCA e ao histórico familiar e da grande probabilidade que tinha de desenvolver tumores nesses órgãos. Porém, caso a mutação genética seja diagnosticada somente após a descoberta de um câncer, há diversas opções de tratamento além da tradicional quimioterapia. 

As cirurgias redutoras de risco podem prevenir o aparecimento de tumores na outra mama, por exemplo. Além disso, a depender do subtipo tumoral, as terapias hormonais e as chamadas terapias alvo, que atacam diretamente o tumor com mutação genética, podem ser usadas como alternativas ou complementares à quimioterapia.

“A terapia alvo tem sido uma nova grande arma da medicina para aumentar as chances de sobrevivência dessas mulheres que apresentam certos tipos de tumores, como os HER2 . Além disso, permitem que a paciente seja tratada sem que perca sua autonomia e qualidade de vida, quando comparada à quimioterapia tradicional”, conclui a médica. 


 

4 comentários:

  1. 13102548_1610759929242735_1851563065_n
  2. 274470612_1225480487980345_4386434505177475349_n

    Oi!!
    Que interessante ☺ este teste é muito importante, pena que vai demorar chegar no SUS...

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  3. blogger_logo_round_35

    Oiiiii,
    que postagem mais informativa e ve que esse tratamento contra essa doença horrível ainda é possível até alivia

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  4. 43951287_10218282947611559_8474489113783828480_n

    Que maravilha né. É sempre bom nos cuidarmos e prefinirmos..

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