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Depois de mais de 1 ano de pandemia, os médicos têm descoberto cada vez mais os efeitos do coronavírus, que vão além dos sintomas mais comuns. Outra coisa que tem se falado muito também é sobre o Covid persistente, que são os sintomas prolongados mesmo em quem teve a doença de forma leve ou moderada.
Entre esses sintomas menos comuns, um deles é a queda de cabelo que acontece durante a manifestação da doença ou pode até mesmo piorar meses após o quadro inicial. E isso acontece porque os fios têm um ciclo de vida fixo (entre dois e seis anos) e quando o ciclo se encerra, ele entra em repouso e cai, dando espaço para um novo fio.
“Quando nosso corpo enfrenta alguma infecção, esse intervalo entre as quedas pode ser abreviado e, por isso, observamos uma perda em maior quantidade e de uma vez. Mas, uma vez encerrada a inflamação, os fios crescem normalmente, a não ser que a pessoa sofra, concomitante, de outras causas de queda de cabelo, como a calvície, que também pode ser potencializada pelo Covid”, explica a Dermatologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Dra. Nádia Bavoso.
Além das infecções e da persistência dos sintomas mesmo depois do ciclo de transmissão do vírus, outros fatores também podem impactar na queda de cabelo. Entre os principais, podemos destacar o stress e a ansiedade, que acabam desregulando todo o funcionamento do corpo, gerando até insônia e desequilíbrios alimentares. O aumento no consumo de álcool e cigarro, também podem potencializar as quedas de cabelo. Outro ponto importante é o isolamento social que afeta adultos e até crianças e pode ser sentido pela saúde dos fios.
“A pandemia, sem dúvida nenhuma, deixou nossa rotina de pernas para o ar e, quando achamos que estava tudo sob controle, a segunda onda veio como um tsunami. Além do medo de contrair o vírus, tem todo o stress de trabalho, questões financeiras, crianças em casa e a distância de pessoas queridas. Com tudo isso, é esperado que nosso corpo responda de alguma forma e, entre elas, a queda de cabelo tem sido cada vez mais comum. Minha sugestão é: se percebeu que está perdendo mais fios que o comum em situações simples, como lavar o cabelo, busque um médico para avaliação clínica”, reforça a médica.
Dermatologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem mestrado pela mesma instituição e faz parte do corpo docente da UNIFENAS (BH). É sócia da Clínica Eveline Bartels, uma das mais conceituadas em medicina estética de Belo Horizonte.
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