Pigmentos à base de resíduos de plantas valorizam biodiversidade brasileira e promovem sustentabilidade na moda - Keep N´ Pop

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Pigmentos à base de resíduos de plantas valorizam biodiversidade brasileira e promovem sustentabilidade na moda

 

Durante o BW Works SENAI, Joyce Quenca, da Biodiversité, explica como os pigmentos inteligentes à base de plantas atendem as tendências de sustentabilidade na moda

A valorização da biodiversidade brasileira e das comunidades locais, além da proteção do meio ambiente, estão presentes na fabricação de pigmentos inteligentes da Biodiversité. Com duas cores e mais de mil possibilidades de criação de outras tonalidades, os corantes naturais são produzidos a partir de resíduos e sementes de plantas nacionais e das cascas das castanhas de caju.

“Privilegiamos toda a cadeia de produção para obter os pigmentos concentrados de alta tecnologia e performance, com reprodutibilidade de cores. Quando se trata de extrato à base de plantas, é difícil manter essa característica, mas nosso método patenteado não apenas garante as cores, como também assegura o tamanho da partícula dos pigmentos para que eles sejam aderentes à pele e às roupas”, explicou Joyce Quenca, cofundadora e diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Biodiversité, durante o BW Works SENAI – Empresas Inovadoras, uma iniciativa do Movimento BW, com o apoio do SENAI, transmitido no dia 12 de julho.

Para a fabricação dos pigmentos são usadas plantas que estejam dentro de seu período de estação, pois, segundo Joyce, a planta em seu alto pico de maturação produz elevada quantidade de fitoquímicos e bioativos que contribuem para a saúde humana. Assim, os corantes 100% plant based promovem fotoproteção, são ricos em tanino, auxiliam na hidratação da pele e no combate ao envelhecimento e facilitam o ato de passar as roupas. A tecnologia da Biodiversité foi desenvolvida em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras.

Durante o episódio Plant based pigments, que contou com a apresentação de Luís Gustavo Delmont, especialista em desenvolvimento industrial do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Joyce ressaltou que os pigmentos podem ser usados na produção de cosméticos e na indústria têxtil, no tingimento de roupas, proporcionando proteção solar, sem o uso de produtos químicos.

De acordo com a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Biodiversité, o consumo se direciona para o 100% orgânico, 100% à base de plantas e uma pegada cada vez mais sustentável. “Nossos produtos vêm da natureza, de biomas brasileiros, usando recursos sustentáveis, promovendo o replantio de plantas, desenvolvimento das comunidades locais que ganham recursos com a venda de subprodutos, como a casca da castanha de caju”, refletiu.

Os produtos da Biodiversité não são testados em animais e trabalham todas as tendências da moda, como o Slow Fashion, que prioriza a diversidade e promove a consciência socioambiental; e o Fashion Detox, para diminuir o uso de produtos que agridam o meio ambiente.

O Movimento BW é uma iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) e procura estimular o uso de inovação e tecnologia para o desenvolvimento de novos produtos, soluções e serviços sustentáveis, que reduzam a pegada ambiental das atividades humanas. Por isso, lançou, com o apoio do SENAI, por meio dos Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia, a nova série BW Works SENAI – Empresas Inovadoras neste mês de maio.

O BW Works SENAI – Empresas Inovadoras contará com dez episódios que retratarão cases desenvolvidos pela indústria, em parceria com o SENAI. Esses projetos englobam segmentos como agronegócio, têxtil, alimentício, farmacológico, cosmético, de vidro, de filtros, de combustíveis renováveis, e foram realizados em diversas regiões do país: Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul.

Institutos SENAI de Inovação

A inovação é parte estratégica para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos instrumentos para fomentar Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em direção a soluções mais sustentáveis é a rede de Institutos SENAI de Inovação, com abrangência em todo o país.

Na última década, os 28 Institutos formaram uma equipe de 1.027 colaboradores (sendo 47% com mestrado ou doutorado) responsáveis pela execução de mais de R$ 1,9 bilhão, destinados a mais de 1.930 projetos. Todos desenvolvidos em parceria com cerca de 860 empresas industriais.

A rede foi criada para atender as demandas da indústria nacional. Ela tem como foco de atuação a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática, no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Os institutos trabalham em conjunto, formando uma rede multidisciplinar e complementar, entre si e em parceria com a academia, com atendimento em todo o território nacional.

Institutos SENAI de Tecnologia

Aliados ao desenvolvimento industrial, os 60 Institutos SENAI de Tecnologia oferecem serviços de metrologia e de consultoria que têm soluções para reduzir desperdícios e impactos nas práticas produtivas e na produtividade. A rede conta com equipe de 1,3 mil consultores capacitados em metodologias padronizadas e testadas, conectados em rede nacional para atendimento de demandas setoriais. Em 2022, foram executados 2,1 milhões de ensaios nos 232 laboratórios de serviços metrológicos em atividade.

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