Cadastre-se para ser um doador de medula óssea e seja a esperança entre 100 mil pessoas - Keep N´ Pop

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Cadastre-se para ser um doador de medula óssea e seja a esperança entre 100 mil pessoas

 650 pessoas estão em busca de um doador de medula óssea não aparentado no Brasil; a compatibilidade entre a população geral é de uma a 100 mil

Pixabay

Estamos perto da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. A data acontece anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro e tem o objetivo de incentivar e conscientizar sobre a importância da doação, além de esclarecer e captar novos doadores. Atualmente, o Brasil possui 650 pacientes em busca de um doador de medula óssea não aparentado. Apesar do número de doadores cadastrados ultrapassar os 5,7 milhões, segundo a Associação da Medula Óssea (AMEO), a dificuldade para encontrar alguém compatível na população geral é enorme, sendo de uma a 100 mil. 

O transplante de medula é uma opção que salva a vida de pessoas com as mais variadas doenças, entre elas a leucemia, alguns tipos de linfomas, síndromes e tumores, doenças autoimunes, entre outras. Mas a desinformação ainda prejudica que mais pessoas sejam alcançadas e sejam doadoras, além de aumentar o processo e a espera de dezenas de pacientes. 

“O primeiro medo é o de achar que a medula óssea é aquilo que tem dentro da coluna espinhal. Aquilo é medula espinhal, mas as pessoas confundem. A medula óssea é o tutano e fica no interior do osso, uma espécie de sangue. Lá, estão as células progenitoras do sangue e essas células são usadas para fazer o transplante de medula óssea”, explica a Dra. Carmen Vergueiro, hematologista e coordenadora da AMEO.

Manter o cadastro atualizado facilita o processo

O cadastro para ser doador de medula pode ser feito junto a doação de sangue, apenas informando o desejo. Após, é feita uma tipagem sanguínea na amostra e então ela fica no banco de dados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Caso surja uma pessoa compatível, o doador é contatado e novos exames são feitos para realmente comprovar a compatibilidade. Para ser doador há algumas regras, entre elas ter entre 18 e 35 anos, possuir um bom estado de saúde e não ter doenças transmissíveis ou ter tido câncer. 

Um dos maiores problemas enfrentados atualmente, é encontrar o doador. Apesar de muitas vezes as pessoas se mostrarem compatíveis em primeiro momento, torna-se complicado encontrá-lá. “A semana é importante para que a gente possa desmistificar alguns medos, mas também de pedir para que os doadores mantenham os dados atualizados. Muitas vezes as pessoas se cadastram, mas mudam de endereço ou de telefone e esquecem de atualizar seus dados. Se você se cadastrou como doador de medula óssea, sempre entre na sua carteirinha no site do Redome para atualizar os seus dados”, ressalta a coordenadora.

Compatibilidade entre população geral é de um a cem mil

Todos os doadores são inscritos no Redome, um órgão do Ministério da Saúde e que funciona no Rio de Janeiro como um grande banco de dados, que armazena nomes,  compatibilidades e informações HLA de todos os voluntários. Por outro lado, todos os pacientes inscritos ficam no Registro de Receptores de Medula Óssea (REREME). Todos os dias, o Redome faz uma espécie de match entre voluntários e pacientes para verificar possíveis compatibilidades. 

Quando há uma possibilidade encontrada, o trabalho humano entra em ação. “Nós entramos em contato para saber se esse candidato realmente confirma a vontade dele de doar e aí começam os exames mais detalhados para avaliar a saúde do doador e a existência de doenças”, explica a Dra. Carmen. Até a doação ocorrer de fato, diversas etapas são necessárias.

Outra dificuldade citada pela hematologista e coordenadora, é em relação à diversidade racial no banco. “Hoje, o Redome precisa aumentar um pouco o seu perfil de pessoas da raça negra, porque a gente tem uma menor representação dessa etnia, que, na verdade, são várias etnias da raça negra e a gente está pouco representado no registro. Então, uma pessoa da raça negra tem mais dificuldade de encontrar um doador dentro do Redome do que uma pessoa da raça branca”.

Para minimizar esse problema, a AMEO realiza durante a semana, uma série de divulgações e palestras sobre o tema para alcançar o maior número de pessoas, além de relembrar os doadores cadastrados de atualizarem seus dados

Exames com alta sensibilidade facilitam o transplante

A compatibilidade é feita por meio de exames e, com a evolução e a alta sensibilidade nos testes, os resultados se tornam mais detalhados e especializados. De acordo com a Dra. Carmen, essa evolução fez com que o resultado dos transplantes melhorasse, mas afirma que algumas pessoas possuem maiores chances de encontrar um doador. “A média nos dá um número, mas varia muito de acordo com a sua etnia, genética e de quem que você herdou essa compatibilidade, pois isso pode fazer com que você tenha uma compatibilidade relativamente frequente, ou às vezes, muito rara. Um doador de medula óssea é uma pessoa muito especial”. 

Com a compatibilidade confirmada por meio de exames e a vontade exercida, a  doação pode ser feita de duas formas: por coleta no osso da bacia ou pela veia. O procedimento é simples e o doador pode sentir dores locais após a coleta, ou em casos da doação pela veia, sintomas gripais, como dores de cabeça e pelo corpo.

Após o transplante, a pessoa receptora segue em acompanhamento longo e contínuo, podendo ser até mesmo pela vida toda. Uma das primeiras etapas é a verificação se a medula “pegou”, que dura entre duas a quatro semanas até ela começar a funcionar de forma correta. Após o transplante começa um processo conhecido como “quimerismo artificial”, que trata-se de quando a pessoa realiza um transplante de medula óssea alogênico, ou seja, aquele que precisa de um doador de medula.

No caso do transplante de medula, o quimerismo é o objetivo, pois as células doentes do receptor serão alteradas por células novas e saudáveis. Quando ele ocorre de forma total, as chances de sucesso são maiores. Uma das formas de medir o quimerismo de um indivíduo , é por meio de exames moleculares. “O kit NGS Devyser para Quimerismo, oferecido pela Biometrix Diagnóstica, fornece aos laboratórios um protocolo simples para medição e monitoramento rápido e confiável de quimerismo em pacientes transplantados de medula óssea“destaca Marcelo Mion, gerente de suporte ao cliente e treinamento da Biometrix Diagnóstica.

Devido a sua alta sensibilidade, medição precisa e suporte de um software personalizado, o kit garante que o monitoramento de recaídas seja aprimorado e precoce, além de facilitar a compreensão sobre o quimerismo nos pacientes. 

Sobre a Biometrix

Líder no mercado de atuação, a Biometrix Diagnóstica está há mais de 25 anos desenvolvendo soluções voltadas ao diagnóstico molecular. O objetivo da Biometrix é tornar o diagnóstico médico cada vez mais rápido e preciso, sempre em busca de resultados que contribuam com a saúde e o bem-estar. Por isso, está comprometida com a qualidade de vida, oferecendo a mais alta tecnologia em reagentes para diagnóstico e equipamentos laboratoriais, principalmente relacionados a transplante de órgãos e tecidos. Mais informações: www.biometrix.com.br

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